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Novos rumos para o conservatório

Um novo estatuto, aprovado em janeiro de 1937, determinava que o ensino da música ministrado no Conservatório fosse orientado pelo Instituto de Música do Rio de Janeiro e criava os cursos de Ginástica Rítmica e Danças Clássicas a serem oferecidos em anexo ao Conservatório. Determinava também que, após três anos de teoria e solfejo, o aluno freqüentaria as aulas de Harmonia, não podendo diplomar-se nos cursos de Instrumento e Canto sem ter cursado, no mínimo, o primeiro ano dessa disciplina.

Através da Portaria nº 202, de 09 de março de 1941, do Secretário do Interior, foi aprovado o Regulamento que mantinha os objetivos iniciais do Conservatório, inclusive aqueles que visavam criar uma biblioteca e um museu de música e formar o orfeão e a orquestra, podendo-se inferir que, após quase 11 (onze) anos de funcionamento, estes objetivos não haviam sido alcançados. Quando Pernambuco sofreu intervenção federal, o interventor Agamenon Magalhães nomeou nova Diretoria e, em 22 de março de 1941, transformou a entidade em Autarquia Administrativa - Conservatório Pernambucano de Música, através do Decreto nº 603, vinculando-a à Secretaria do Interior.

Os cursos ministrados permaneciam os mesmos, acrescidos, apenas, do curso de História da Música. O regulamento inovava em relação aos cursos de extensão e aperfeiçoamento a serem oferecidos fora do horário dos cursos regulares.

O regulamento ainda normatizava sobre: 1) o regime disciplinar discente; 2) as competências da Congregação e do Diretor Presidente; 3) o quadro de pessoal docente e o concurso de provimento dos cargos; 4) a escrituração escolar; 5) a conservação do acervo da Biblioteca; 6) as penalidades para os funcionários; 7) a origem dos recursos e o regime financeiro; 8) e a organização do patrimônio. Ainda no ano de 1941 o Governo do Estado toma a seu cuidado a Orquestra Sinfônica do Recife, até então independente, reorganizando-a com a colaboração do Conservatório, da Força Policial, da Rádio Clube de Pernambuco e do Sindicato dos Músicos.

O Conservatório acolheu muitos músicos da cidade e do Estado buscando formação especializada. Muitos seriam professores da casa e também atuariam na vida musical do Recife. A cidade crescia e muitas eram as oportunidades de atuação para os jovens músicos: orquestras de clubes e das emissoras de rádio, boates, gravações, bandas e, especialmente, o carnaval.

Histórico

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